A origem do Dia da Mulher, comemorado em 8 de março, é – como toda boa história, marcada por vários fatos de luta, coragem e determinação. A mais comum é a que remete ao incêndio em uma fábrica têxtil em 1911 e que culminou na morte de 130 operárias. Condições análogas à escravidão e condições sub-humanas teriam propiciado o surgimento do acidente.

Porém, alguns historiadores nos mostram que em vários países, tanto da Europa quanto da América do Norte, já vinham em um movimento de protesto contra jornadas de trabalho de mais de 15 horas diárias, salários medíocres, e um levante delas pedindo o fim do trabalho infantil, algo comum nas fábricas. Tanto que, nos EUA, em 1908, foi comemorado o primeiro Dia Nacional da Mulher, quando 1500 mulheres aderiram a uma manifestação em prol da igualdade econômica e política do País. No ano seguinte, o Partido Socialista dos EUA oficializou a data como sendo 28 de fevereiro, com um protesto que reuniu mais de 3 mil pessoas no centro de Nova York e culminou, em novembro de 1909, em uma longa greve têxtil que fechou quase 500 fábricas americanas.

Em 1910, durante a II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas na Dinamarca, uma resolução para a criação de uma data anual para a celebração dos direitos da mulher foi aprovada por mais de cem representantes de 17 países. O objetivo era honrar as lutas femininas e, assim, obter suporte para instituir o sufrágio universal em diversas nações.

Com a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) surgiram ainda mais protestos em todo o mundo. Mas foi em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro no calendário Juliano, adotado pela Rússia até então), quando aproximadamente 90 mil operárias manifestaram-se contra o Czar Nicolau II, as más condições de trabalho, a fome e a participação russa na guerra - em um protesto conhecido como "Pão e Paz" - que a data consagrou-se, embora tenha sido oficializada como Dia Internacional da Mulher, apenas em 1921.

De lá para cá, alguns avanços têm sido conquistados, sempre com luta, coragem, determinação e o apoio de muitos defensores de causas como igualdade. Um levantamento global do Linkedin alertou uma queda significativa de mulheres sendo contratadas para cargos de liderança desde a pandemia, levando o regresso de um a dois anos em vários setores.

O Futuro é Promissor


No Senac Mato Grosso do Sul, as mulheres ocupam cargos importantes e decisórios e as oportunidades de trabalho são oferecidas sem diferenças de gênero. Atualmente, 48% do quadro funcional são do sexo feminino. Dois dos cargos de maior hierarquia são ocupados por mulheres e, das seis unidades de ensino espalhadas no Estado, cinco são gerenciadas por mulheres. “Não tínhamos feito essa conta, ainda, mas é isso. O Senac está sendo conduzido por líderes capacitadas. É isso que nos importa. Pessoas que estão elevando a qualificação profissional do nosso Estado”, diz o diretor regional do Senac, Vitor Mello. “Entre as características de uma liderança feminina, podemos destacar a tendência à organização, trabalho em grupo, à liderança firme de um grupo, desenvoltura do relacionamento interpessoal, tornando o clima organizacional mais fluído e leve.”

A gerente do Senac em Corumbá, Patrícia Greicy Pereira da Silva entrou na instituição em 2010 como assistente de Banco de Oportunidades de Trabalho e Biblioteca. Formada em Marketing e especializada em Gestão de Pessoas, passou por vários cargos até disputar processo seletivo e garantir o cargo máximo da unidade na cidade em 2012. Casada, mãe de pet, ela diz que procura desenvolver uma equipe de alta performance, autônoma e que gere muitos resultados, pois o trabalho de um líder é mensurado pelo desempenho do seu time; “a performance do líder reflete nas pessoas.” Ela complementa:


“Trabalhar com liderança e educação é algo que não te deixa parada, você precisa ser inovadora a todo instante, ser flexível e estar no ciclo de transformações. Isso que me motiva todos os dias a continuar nessa rota, nessa direção.”

 

Para a gerente da mais nova unidade da instituição no Estado, o Senac Hub Academy, Gilka Cristina Trevizan, a disposição pessoal em estar sempre antenada, em busca de novos conhecimentos do mercado profissional, que ela entende como desafiador e complexo, foram essenciais para sua carreira. Veio de Passo Fundo (RS) após concluir faculdade de Desenho e Plástica em 1988 e só integrou o Senac em 2012 como Coordenadora do Núcleo de Educação à Distância. Com passagem pela diretoria de educação profissional do Departamento Regional assumiu a Gerência de Desenvolvimento de Produtos, onde atuava com a gestão das consultorias de gestão no desenvolvimento e gestão de todos os cursos ofertados pelo Senac, Gilka manteve atualização do currículo acadêmico.
“É esse o sentido de uma carreira profissional, estar sempre disposto a aprender o que tem de novo no mercado. Durante toda minha trajetória, fiz cursos de qualificação e aperfeiçoamentos: sou mestre em Educação, cuja tese de mestrado teve como tema o ensino por competência na educação profissional, o que é alinhado com o que o Senac pratica e ao modelo pedagógico adotado nacionalmente. Fiz duas pós-graduações, um MBA empresarial pela FGV, importante para me dar um olhar sistêmico em relação ao funcionamento das organizações, uma pós em gestão de educação. Ou seja, fui complementar algumas lacunas e conhecer as tendências”.

Gilka está à frente do Senac Hub Academy desde outubro de 2021. “Com certeza, todos os cursos que fiz me auxiliaram grandemente nos meus conhecimentos e nas minhas competências e me ampararam para ter cada degrau da minha carreira profissional bem-sucedida e poder chegar onde estou hoje, mas tenho certeza que tenho muito a aprender, muito a fazer e estar aprendendo sempre.”

A liderança, o trabalho em equipe e as competências gerenciais podem ser potencializados por meio de cursos de qualificação, onde as habilidades pessoais e o conhecimento técnico são desenvolvidos junto a metodologias ativas.

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